2007/03/18

“_ Sonhei um dia que eu viajava para muito longe, sozinha, a um lugar que não conhecia, era como uma caverna escura. Perdida em seu interior, vagava de um lado para outro e chamava por você, mas você não estava. Só havia belas pinturas iluminadas com o seu nome e o meu.
“_ E qual é o final do seu sonho, triste ou feliz?
“_Não sei, depois de passado um tempo você chegava, procurava por mim, mas não podia me ver. Então encontrou meu nome escrito, desesperado você o levou a boca e, não sei como, meus lábios estavam ali.
“_ E depois, fomos felizes...
“_ Só um pouco, um dia um vento me tomou entre suas asas, me levou outra vez muito longe de você, a outro lugar, outro tempo. E, que besteira! Eu não me recordava do meu nome... Nem você do seu. Vivíamos perto, mas você era diferente, eu não te conhecia nem você tampouco a mim.
“_ Fantasias... Eu sempre te conhecerei, pelo perfume do seu corpo, pelo seu sorriso, pelos seus olhos, sobretudo por sua alma.”

1ª edição, cap. 56, pág. 395


“_ Ani, você ainda pensa nela? Passaram-se mais de cinco anos e nem um só dia você pôde esquecer.
“_ Ela está viva, Nito, viva, não a vê ao meu lado, não a sente?
“_ Talvez você tenha razão, porque só vive o que está na alma do homem, _ disse Neterhotep _ como o Egito viverá.”

1ª edição, cap. 63, pág. 445


O anel das lembranças dos gênios do Nilo, Juan Martín Carpio

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