2006/11/21

“Quem quer que guiado nos mistérios do amor até o ponto a que chegamos, que é o de contemplação metódica e exata das belezas particulares, houver atingido o grau mais alto da iniciação, deparará, de súbito, com uma beleza sem par, precisamente a que fora antes o alvo soberano de seus esforços. Beleza incriada, perpétua, imperecível, incapaz de aumento ou diminuição. Beleza que não é ora bela, ora horrível; bela a este aspecto, horrível sob aquele; bela para uns e não para outros; bela aqui, não ali. Beleza que não pode afigurar-se à imaginação com rosto ou mãos ou o que quer que seja de corporal. Beleza que não é tal palavra ou ciência; que não reside em um animal, ou na terra, ou no céu, ou em qualquer coisa semelhante; mas em si mesma, e que permanece sempre idêntica a si própria.”

O Banquete, Platão

2006/11/05

"Então, também se reconhecerá que quando se tem conscientemente medo de não ser amado, o medo real, embora habitualmente inconsciente, é o de amar. Amar significa entregar-se sem garantia, dar-se completamente na esperança de que nosso amor produzirá amor na pessoa amada. Amar é um ato de fé, e quem tiver mesquinha fé terá também mesquinho amor."

A Arte de Amar, Erich Fromm (Itatiaia 1ª ed, pág. 164)