Cede o chão, balançam
janelas, árvores, roupas estendidas.
Todo o fragilizado treme, e quebra
o forte. Paredes, tetos, certezas, tudo construído rui.
Lutos se mantêm deliberadamente inertes,
de ambos os lados, o que se move é ao redor.
E nós, no meio, já não sabemos
se não sentimos ou se sentimos muito.
Não faz diferença, quase
tudo se apagou.
O vento não
impede os cigarros, algo há - trago -
de permanecer aceso.